Inclusão: como conversar com as crianças sobre o tema!

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As crianças, por natureza, têm curiosidades para conhecer as pessoas e saber como elas são e, assim, vivem nos enchendo de perguntas e de porquês. As crianças desde muito pequenas percebem as diferenças entre as pessoas, em relação ao gênero, cor da pele, forma de falar, não enxergar, usar cadeira de rodas ou outras características específicas.

Assim, é natural que diante de uma pessoa “diferente”, nos façam perguntas constrangedoras e cabe a nós adultos ajudá-las a criarem conscientização explicando de forma lúdica, usando exemplos que facilitem o entendimento. Fazendo isso desde cedo, criamos crianças mais conscientes e antenadas, capazes de agir com mais empatia e altruísmo.

Para que a criança entenda de forma natural é preciso ter diálogo aberto e acolhedor para que os filhos perguntem sobre suas dúvidas. As respostas devem ser dadas em linguagem adequada à idade, para que os pequenos compreendam o que foi dito, lembrando que é responsabilidade dos pais ampliar o repertório da criança.

Caso os pais não saibam como explicar a deficiência do amiguinho de seu filho, o indicado é pesquisarem juntos em livros ou na internet, ressaltando que a informação é a melhor aliada contra o preconceito. Ao conversar com o seu filho, explique que as diferenças existem e que são naturais. Outra forma de amenizar a dúvida é mostrar que além de diferenças, as crianças também têm semelhanças.

Uma das principais preocupações na hora de conversar sobre deficiência e inclusão com as crianças são as formas de falar sobre o assunto com elas, ressaltando a importância de não se referir à pessoas com deficiência com tom ou palavras que tenham denotação de inferioridade, como por exemplo, “aleijadinho”, “doentinho” “coitadinha”, assim, educando os nossos filhos que a criança com deficiência  NÃO é vítima ou uma pessoa “diferente”, sendo este um grande passo para educar o filho sobre a diversidade.

Atualmente, é obrigatória que toda escola aceite a criança que tenha alguma deficiência e, assim, as crianças vão se familiarizando com as diferenças. Vale ressaltar que por lei, o ambiente escolar precisa oferecer as condições adequadas de inclusão, que vão desde aspectos relacionados ao espaço físico e à frequência nas aulas regulares com todos os alunos, oferecendo um ambiente agradável a todos alunos.

Dicas para conversar sobre deficiência e inclusão

– Incentivar a convivência com pessoas com deficiência. É importante permitir, desde cedo, que todas as crianças tenham contato entre si, brinquem e frequentem ambientes diversos.

– Tratar a pessoa com deficiência sem rótulos, mostrando para as crianças que, tal como qualquer pessoa com deficiência tem direito de estar nos lugares, participando das brincadeiras e realizando o que quiser, com a diferença de que, dependendo do tipo de atividade ou tarefa a ser realizada, pode precisar de apoio.

– Observar suas habilidades, pedir para a criança destacar quais são as habilidades que o amigo (a) com deficiência possui, fazendo assim com que sejam percebidos outros aspectos para além das dificuldades que ele ou ela apresenta.

– Ter uma conversa franca sobre o assunto, assim, quando as crianças se sentem seguras para tirar suas dúvidas, explique sobre diversidade e inclusão se torna algo mais fácil.

– Ouvir atentamente as dúvidas das crianças, deixando que falem sem interrupções para entender a linha de raciocínio para só então fazer mais perguntas ou determinada afirmação.

– Pesquisar juntos, assim que a criança apresentar uma curiosidade específica sobre alguns dos assuntos, leiam juntos sobre o tema.

– Cuidar do seu próprio discurso, as falas dos adultos são vistas quase que como verdades absolutas e, por esse motivo, reproduzidas. Evite, portanto, chavões, não se prenda à respostas genéricas ou pré-conceitos estabelecidos.

Ler livros, pois muitos livros de histórias trazem narrativas sobre diferenças, não apenas de inclusão, mas de diversidade social, cultural e de gênero que podem ser lidos e comentados junto com os adultos.

– Aproveitar os assuntos do momento como Paraolimpíadas, personagens de desenhos, notícias e outros assuntos do momento podem ser aproveitados para falar sobre deficiência com as crianças.

– Ampliar o repertório. É interessante escolher animações, filmes ou livros que incentivem a discussão e despertem uma nova forma de encarar a diversidade.

Portanto, as pessoas abrindo suas mentes, vencendo seus próprios preconceitos e falando de inclusão com as crianças, as criam dentro da empatia, da bondade e da solidariedade.

Afinal, a inclusão não é um favor mas sim, é um dever social e de todos nós!

Brinquedos sugeridos:

Barbie Fashionista Cadeira de Rodas Cabelo Cacheado – Mattel A Barbie vem com uma cadeira de rodas que funciona de verdade e tem freios reais, além de uma rampa para usar na Barbie Casa Dos Sonhos (vendida separadamente) A Barbie também tem 22 articulações, no pescoço, na parte superior dos braços, cotovelos, pulsos, torso, quadris, pernas, joelhos e tornozelos, para que possa fazer movimentos para sentar e levantar da cadeira de rodas.

Ken Fashionista Na Cadeira de Rodas – Mattel O Ken® inspira novas possibilidades de brincadeiras com uma cadeira de rodas manual e uma rampa para que possa entrar e sair facilmente da Casa dos Sonhos da Barbie® (vendida separadamente, sujeita à disponibilidade).  Inclui . Os bonecos Ken® não ficam em pé sozinhos. 

 

Fontes:

Nutti e Canguru News

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